Gustavo Perácio

Impedido pelas circunstâncias de optar pelo caminho artístico na sua infância, herdou para si uma peregrinação errante por várias atividades estranhas à sua verdadeira vocação. Foi bancário; comerciário; funcionário de cartório; empresário; estudante de Direito até o 3º ano; funcionário público; e formado em psicologia por Brasília, capital do Brasil.

À volta de tudo isso sempre houve o cortejo das manifestações artísticas, o que o converteu em auto-didata e dono de grande prodigalidade nas diversas formas de arte. Residente em Basília, como funcionário público do Ministério do Interior, incentivado por amigos, participou da 1ª Exposição de Artes do Servidor Público, arrebatando o 3º lugar geral com uma peça de cerâmica, num universo de aproximadamente dois mil participantes. Posteriormente, no mesmo Ministério do Interior, conseguiu o 2º lugar em um concurso de poesias, com o trabalho "Eta Minas Gerais". De volta à sua terra natal, conseguiu outro segundo lugar em um concurso de poesias promovido pela Faculdade local, com a obra "Pinhões Cozidos". Tem um livro de poesias publicado e tornou-se membro vitalício da Academia Ouro-Finense de Letras. Numa mostra de seus desenhos em Ouro Fino teve todos seu trabalhos vendidos. Mais de duas dezenas de obras.

Muitos e muitos trabalhos, contudo, tiveram o destino de gavetões pouco visitados, onde dormiram por anos. Dormiram até o dia em que uma pessoa da família, ao adquirir uma pequena propriedade rural nos altos de uma montanha mineira, descobriu um acervo esquecido sob os colchões de uma velha cama de casal. Impressionada com a expressividade das obras, a autora da descoberta resolveu colocar a público o talento desse artista latente que, desde então, decidiu entregar-se definitivamente às musas das artes que o cortejavam desde sua mais tenra infância. Doravante, o mundo das artes será o seu mundo, advoga ele, já dono de seus próprios horizontes.

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